quinta-feira, 27 de junho de 2019

Deus é amor - 1 João 4:8, 16

O amor é paciente, é benigno, o amor não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Tente por um momento esquecer o que você conhece sobre Deus, pense sobre a palavra amor apenas humanamente.
Olá, o meu nome é Rogério e hoje faremos uma reflexão sobre o conceito de amor. O que o aprendemos, conhecemos e é praticado sobre amor no mundo e o que Deus nos ensina?
Este não é o amor que o mundo ensina. Qual de nós já não ouviu falar que “o ciúme é o tempero do amor”? Já ouvi até dizerem que: “Se não existe ciúme, então é porque não existe amor realmente!” Como a palavra de Deus diz que “o amor não se conduz inconvenientemente” quando o mundo ensina que “vale tudo em nome do amor”?
O amor não procura os seus próprios interesses? Não se irrita? Não se ressente do mal? Humanamente falando, esse amor, não vale a pena. Aquela frase que diz: Que seja eterno enquanto dure! Então, neste caso, que dure pouco, se é para sofrer, esperar e suportar tudo, como a bíblia nos ensina.
Esse amor de 1 Co 13, é o amor que só quem conhece a Cristo pode compreender a sua intensidade, é o amor de Deus. É o amor com que Deus nos ama. “Deus prova o seu próprio amor para conosco, pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” Rm 5:8 ... quando nós éramos, inimigos fomos reconciliados e sem garantia nenhuma para Deus de que aceitaríamos esse amor (como muitos que realmente não aceitam.
A esses também Deus amou e por esses também Cristo morreu), esse é o amor de Deus. Como na parábola do Filho pródigo em que o pai nunca deixou de amar o filho e todos os dias estava no portão, esperando de braços abertos que o filho voltasse ao seu lar.
Deus é amor, 1 João capítulo 4. A palavra de Deus não nos diz que Deus tem amor, ela nos diz que Deus é amor, e, quem tem amor, tem Deus, quem não tem amor, não tem Deus. A palavra de Deus nos convida a conhecer o amor de Cristo que excede todo entendimento, e que faz com que conheçamos a essência do próprio Deus, para que sejamos tomados de toda a Sua plenitude. Ef 3:19 O amor de Deus excede todo entendimento, porque Deus excede todo entendimento. Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. 1 Jo 4:8. Façamos uma leitura de João cap. 4 versículos de 7 a 21 e vejamos que ele termina dizendo que “temos da parte dele este mandamento, que aquele que ama a Deus, ame também a seu irmão”. Essa é a identificação do crente, o amor de Deus fluindo em seu viver.
Em Jo 13:35 ele nos diz: Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se tiverdes amor uns pelos outros. Não é a religiosidade que identifica o crente. Não é o conhecimento (o saber ensoberbece, mas o amor edifica).
Não são os dons do Espírito santo (como alguns afirmam) a marca de que Deus está em você. Mas é o amor, que tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.
Confesse a Jesus Cristo como único Senhor e Salvador e receba a marca de Deus em você pelo selo do Espírito Santo. Deus é amor, e se você tem Deus em você, certamente você terá esse amor.


terça-feira, 25 de junho de 2019

# 32 O Pecado contra o Espírito Santo de Ananias e Safira - Atos 5:1-10


Veja todos os vídeos do estudo do livro de Atos dos apóstolos na playlist:
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Olá irmãos amados e interessados em conhecer as verdades bíblicas.
Você já ouviu falar que: “todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado”.
Você sabe o que isso significa?
Jesus está querendo dizer que qualquer blasfêmia contra Deus Pai será perdoada? Qualquer blasfêmia contra Deus Filho será perdoada? Só a blasfêmia contra o Espírito Santo não pode ser perdoada?
E o que significa “blasfemar contra o Espírito Santo”? Quando um pecado pode ser apenas contra o Pai e contra o Filho, sem ofender o Espírito Santo?
No último estudo nós falamos sobre o pecado de Ananias e Safira, que caíram mortos aos pés de Pedro por mentirem ao Espírito Santo quanto à venda de uma propriedade. O pecado deles evidentemente foi contra o Espírito Santo, mas, não foi contra o Pai? Não foi contra o Filho?
Mais adiante, no capítulo 8, nós iremos conhecer Simão, um homem que abraçou a fé, foi batizado e “acompanhava Felipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados”. Ele quis comprar com dinheiro o poder de impor a mão sobre as pessoas, para que recebessem o Espírito Santo!
O pecado de Simão foi maior ou menor do que o de Ananias e Safira?
Porém, Pedro concedeu a Simão a oportunidade de arrependimento, o que não aconteceu no caso de Ananias e Safira.
E Saulo, que no capítulo 7 será responsável pela morte de Estevão, um homem que estava pregando a palavra de Deus cheio do Espírito Santo. No capítulo 8 ele entrará pelas casas, arrastando homens e mulheres crentes, levando-os prisão. Respirando ameaças e morte contra os discípulos do Senhor ele irá para Damasco, e, no caminho o próprio Senhor Jesus aparece para ele. O pecado de Saulo não era contra o Espírito Santo?
Porém, no capítulo 9, Saulo fica cheio desse mesmo Espírito e recebe a missão especial de ser apóstolo, “um instrumento escolhido para levar o nome do Senhor Jesus perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel”.
Por que Saulo e Simão tiveram oportunidade de arrependimento em sua “blasfêmia contra o Espírito Santo” e Ananias e Safira não?
Irmãos, no estudo anterior nós já falamos que o pecado de Ananias e Safira não está relacionado com “justificação”, com “salvação eterna”, mas com perseverar até o fim para alcançar o reino prometido para Israel.
Da mesma forma, quando o Senhor Jesus diz “blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão”, ele está também se referindo à promessa do reino.
Jesus está alertando à nação de Israel:
Vocês rejeitaram o reino quando mataram os profetas que falavam em nome de Deus Pai. O último profeta do reino foi João Batista. Deus Pai foi rejeitado, mas, para esse pecado, foi dada uma segunda oportunidade de arrependimento com a chegada do Filho.
Vocês rejeitaram Deus Filho quando o pregaram numa cruz. Para esse pecado foi dada uma terceira chance com a vinda do Espírito Santo. Para quem pecou contra o Pai e contra o Filho tem perdão.
Mas, para quem pecar contra o Espírito Santo não tem perdão. Não porque o Espírito Santo é melhor do que o Pai ou do que o Filho, mas porque o Espírito Santo é a última oportunidade para que o reino se estabeleça.
Iremos ver nos próximos estudos que o reino é tirado da nação de Israel, porque a blasfêmia contra o Espírito Santo se torna um pecado da nação.
A Pedro foram dadas as “chaves do reino dos céus”. Aqui em Atos 5 nós vemos Pedro fazendo uso dessas chaves, ligando os pecados de Ananias e Safira à sua culpa, sem perdão.
Esse será o assunto do nosso próximo estudo: O que Jesus quis dizer quando falou para Pedro: “Dar-te-ei as chaves do reino dos céus; o que ligares na terra terá sido ligado nos céus; e o que desligares na terra terá sido desligado nos céus”.
Fique conosco e até o próximo estudo!

quarta-feira, 19 de junho de 2019

#31 Ananias e Safira. Foram cheios do Espírito Santo? Perderam salvação?


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Olá irmãos amados e interessados em conhecer as verdades bíblicas.
Você já ouviu falar que Deus é Amor? Deus é bom? Tardio em irar-se? Está pronto para perdoar? Existe até um versículo bíblico que diz: “Não há condenação para os que estão em Cristo”?
Porém, nós chegamos a um episódio do livro de Atos que contrasta com a misericórdia e longanimidade de Deus.
Ananias e Safira abraçaram a fé. Eles estavam em Cristo. Eles estavam entre aqueles que se arrependeram dos seus pecados, se converteram, foram batizados e experimentaram o “dom celestial” e os poderes do Espírito Santo. Não há razão para duvidar que Ananias e Safira estivessem entre os que ficaram cheios do Espírito Santo em Atos capítulo 4.
Mas, aqui em Atos capítulo 5, os dois caíram mortos porque retiveram parte do preço de uma propriedade que venderam e não entregaram a totalidade do valor aos pés dos Apóstolos.
Eles perderam a salvação?
Jesus não morreu na cruz para pagar por esse pecado? A graça de Deus não foi suficiente para eles?
Meus irmãos. É importante compreendermos que o assunto aqui não é salvação. A justificação mediante o sangue do nosso Senhor Jesus Cristo ainda não era a boa nova que os fazia vender tudo e viver em comunidade. Eles estavam perseverando para serem
participantes das bênçãos do reino que estava por acontecer.
Também é importante ficar
claro que nós não estamos afirmando que Ananias e Safira foram salvos. Estamos sim,
afirmando que eles perderam o privilégio de alcançar o reino.
Não compete a nós julgar a salvação de ninguém.
Salomão, que escreveu muitos salmos e provérbios, e, no final da sua vida se envolveu com idolatria. Salomão foi salvo?
Sansão, se envolveu com promiscuidade com mulheres de outros povos. Ele foi salvo?
Jefté, ofereceu a própria filha em sacrifício. Jefté foi salvo?
Todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé, como nos afirma Hebreus no capítulo 11. Por isso, não compete a nós julgar algo que só aquele que sonda os corações conhece.
Mas Ananias e Safira perderam o privilegio de participar em vida do reino de Cristo.
Por quê? Porque retrocederam!
Em Hebreus no capítulo 10, Deus nos revela que “o justo viverá pela fé”, porém “a sua alma não se compraz daquele que retroceder”. E naquele texto ele está falando exatamente destes irmãos que foram iluminados com os dons do Espírito Santo, sustentaram grande luta e sofrimentos e foram expostos à grande tribulação por acontecer. Estes que, pela perda de suas propriedades, aceitaram com alegria o espólio de seus bens, tendo ciência de possuir patrimônio superior e durável, o reino. Para esses que retrocedem, depois de terem recebido o pleno conhecimento da verdade, é impossível renová-los para o
arrependimento. Veja o que diz Hebreus 6:4: “É impossível, pois, que aqueles que uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se tornaram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus e os poderes do mundo vindouro, e caíram, sim, é impossível outra vez renová-los para arrependimento”.
Nos dias de hoje encontramos muitos afirmando que os dons de pentecostes, esses poderes que Ananias e Safira provaram, estão presentes na igreja atual.
Ainda bem que eles estão enganados! Porque, se Ananias e Safira caíram mortos aos pés de Pedro por ter mentido ao Espírito Santo quanto à venda de uma propriedade, imagine o que aconteceria com quem experimenta o Dom de Deus e peca nos pecados mais perversos? A grande maioria dos cristãos hoje morreria pouco tempo depois de terem abraçado a fé.
Alguém poderá dizer: “Mas esse foi um pecado contra o Espírito Santo, e pecado contra o Espírito Santo não tem perdão”!
E mentir, olhar com malícia para a mulher do próximo, cobiçar coisas que não lhe pertencem, proferir palavras imorais depois de ter falado em línguas ou profetizado, não é pecar contra o Espírito Santo?
No próximo estudo iremos ver que, embora Ananias e Safira tenham sim mentido ao Espírito Santo, essa mentira nada tem a ver com a afirmação de Jesus: “blasfemar contra o Espírito Santo não tem perdão”!
Fique conosco e até o próximo estudo!

Estudo livro de Atos dos Apóstolos - capítulo 4 (completo)



Acompanhe-nos em uma jornada pelo livro de Atos dos Apóstolos. 
Este é o conjunto de 7 (sete) estudos do quarto capítulo do livro de Atos dos Apóstolos. Fique junto conosco nesta série de estudos, deixe seu comentário, pois, este estudo será construído com a sua participação.

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#30 Resumo do capítulo 4 do livro de Atos dos Apóstolos


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Olá irmãos amados e interessados em conhecer as verdades bíblicas.
Terminamos o capítulo 4 do livro de Atos e hoje é dia de revisão!
No estudo de numero 24 nós vimos que Pedro e João foram presos por “anunciarem, em Jesus, a ressurreição dentre os mortos”!
Vimos que nem sempre os religiosos acreditam nas próprias doutrinas de sua religião, pois, aqueles que prenderam os apóstolos eram o Sumo sacerdote, os anciãos, escribas e autoridades da religião judaica, e eles estavam “ressentidos por ser ensinada ressurreição dentre os mortos em Jesus”.
No estudo de numero 25 nós vimos que, assim como aconteceu com Pedro e João, também nos dias de hoje são os religiosos, os doutores e mestres que querem calar a simplicidade do evangelho. Existem, sim, diversos assuntos bíblicos de difícil compreensão e que é impossível declarar com convicção como certos. Porém, são temas de pouca ou quase nenhuma relevância. Mas Jesus morreu naquela cruz para pagar por todos os nossos pecados e ressuscitou para ser Senhor de nossas vidas. E, pela fé no sangue de Jesus Cristo como único meio de justificação é que somos salvos. Por isso nós exortamos: “Faça essa declaração de fé. Creia no Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente salvador, e desfrute desde já, pela fé, a segurança da vida eterna”. Muitos dirão: “Tolo!” “Você acha que a salvação é assim fácil?” “Você acha que Jesus irá lhe salvar apenas pela fé Nele, sem os ritos e perseverança de uma religião?” “Pare de falar que dessa salvação fácil”, eles dirão!
Nossa resposta é a mesma que Pedro e João deram aos religiosos daquela época: “nós não podemos deixar de falar das coisas que vimos e ouvimos”!
Verificamos também que essa verdade da salvação pela fé mediante o sangue derramado de nosso Senhor Jesus Cristo ainda não era a esperança anunciada pelos apóstolos. Embora Jesus já houvesse sido morto e ressuscitado, a morte de Jesus ainda era pregada como condenação para a nação de Israel, e, sua ressurreição era pregada como uma nova
oportunidade de arrependimento para Israel, de conversão e perseverança para alcançar o reino que estava por se estabelecer.
É por causa do reino que todos estavam vendendo tudo o que tinham e tinham tudo em comum, perseverando no templo e na observância da lei, em todos os ritos judaicos e nas instruções dadas por nosso Senhor Jesus Cristo quanto à como superar os sete anos de grande tribulação que estava por acontecer e por fim, por meio de muito sacrifício e esforço, alcançar o reino.
Isso mesmo. O reino eles alcançariam por mérito, por esforço. A salvação é pela graça, mediante a fé.
São duas coisas distintas. Aquela geração de israelitas rejeitou o reino que foi ofertado, por isso o reino lhes foi tirado e dado a uma geração futura de judeus que serão obedientes. A salvação pela fé no sangue de Jesus Cristo é um mistério que ainda não foi revelado, mas está prestes a ser declarada, e, quando isso acontecer, revelará que tanto eles quanto nós, todos fomos salvos pelo sangue do nosso Senhor Jesus Cristo vertido na cruz. Até aqueles que no velho testamento depositaram a sua confiança em Deus pela oferta de sacrifícios contínuos, todos foram salvos pela fé na obra do Senhor Jesus, e, porque tinham a fé, essa fé produziu neles a obediência aos ritos que Deus ordenara, que figuravam o único e verdadeiro sacrifício futuro.
Isso mesmo. As obras humanas não salvam. Mas, as obras são fruto de uma fé genuína.
No velho testamento, porque tinham fé na providência divina, fizeram sacrifícios em obediência a Deus. Aqui em Atos, porque tinham fé, venderam tudo o que tinham para conquistar o privilégio de alcançar o reino. Nos dias de hoje, porque temos a fé em Jesus Cristo, obedecemos a sua palavra para alcançar a coroa da justiça, o prêmio e galardões que Deus tem reservado para aqueles que o amam.
Confie você também em Jesus como seu único e suficiente salvador, e seja por Deus conduzido às boas obras, as quais o próprio Deus preparou de antemão, para que andássemos nelas.

terça-feira, 4 de junho de 2019

#29 Evangelho do Reino & Evangelho da Graça de Deus. São a mesma coisa?


Veja todos os vídeos do estudo do livro de Atos dos apóstolos na playlist:
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Olá irmãos amados e interessados em conhecer as verdades bíblicas.
Por que nem o reino e nem a grande tribulação que os primeiros cristãos esperavam que acontecesse, não aconteceu nos dias de Atos? Por que a nós é dito: “Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus” e para eles foi dito: “o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam, se apoderam dele”. Por que a nós é dito: “o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”, e para eles foi dito: “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5:20). Por que a nós nos é dito: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, e a eles foi dito: “Ainda uma coisa te falta: a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.
No último estudo, o estudo de numero 28, nós expusemos que os primeiros convertidos do livro de Atos estavam “vendendo tudo o que tinham e vivendo tendo tudo em comum”, preparando-se para a “Grande Tribulação”, que é um período de sete anos de governo de Satanás que antecede ao Reino de Cristo (Daniel 9:27) e onde os judeus crentes serão severamente perseguidos, maltratados e mortos por causa do testemunho de Cristo (Daniel 9:27; 12:1, 11; Mateus 24:15, 21; Apocalipse 12:13), um tempo de angustia para Jacó (Jeremias 30:7). Eles serão forçados a negar ao Senhor e aceitar aliança com o “príncipe deste mundo”. Por isso, para conseguir perseverar até o fim e receber como recompensa o reino, os crentes de Atos foram conduzidos pelo Espírito Santo, e também orientados pelo Senhor Jesus, a se desfazer de todas as amarras desse mundo, bens, família, negócios, terras..., e, vivendo em comunidade, estavam se fortalecendo para a tenebrosa perseguição que viria.
Mas a condição primária para que as coisas acontecessem dessa forma era que a nação de Israel se convertesse como povo de Deus? Não está profetizado um retorno em massa dos judeus à terra de Israel? (Deuteronômio 30:3, Isaías 43:6, Ezequiel 34:11-13; 36:24; 37:1-14) Não está escrito que eles reconheceriam Jesus como o Messias (Zacarias12:10). Sim, Israel seria regenerada, restaurada e reagrupada (Jeremias 33:8, Ezequiel 11:17, Romanos 11:26) e Pedro com todos os irmãos estavam convictos de que isso aconteceria naqueles dias, porque Jesus lhes disse isso. “Tome a sua cruz e siga-me”! “O reino dos céus é tomado por esforço”! “Aquele que perseverar até o fim será salvo!”
Então, o que Paulo quis dizer com: “Pela graça sois salvos”? “o homem é justificado pela fé”? “Crê no Senhor Jesus”? 
Simples! Os dois não estão falando da mesma coisa!
O Senhor Jesus, quando aqui na terra, falou do reino, que estava próximo e “qualquer que não produzir obras dignas, não verá o reino” (Mt 3:8; Mt 10:37-38, Hb 12:14). Paulo, por revelação do próprio Senhor Jesus glorificado, falou de Justificação de pecados mediante o sangue redentor de nosso Senhor Jesus Cristo. Então, Jesus ressuscitado e glorificado falou: “se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor... serás salvo”! E, Jesus, aqui na terra pregando o reino falou: “Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos céus” (Mt 7:21, 24, 26, 28-29 21).
Estamos falando de duas coisas distintas.
Mas, a salvação pela graça, mediante a fé, não foi pregada nos livros dos evangelhos?
Não. Tirando alguns poucos momentos em que o Senhor Jesus revelou que “o reino de Deus vos será tirado” (Mt 21:43), toda a narrativa dos evangelhos avança para o estabelecimento do reino naqueles dias. E isso era tão forte na doutrina de Jesus que, mesmo que em alguns momentos o Senhor tenha falado claramente sobre a sua morte e as razões de sua entrega na cruz, nem os discípulos e nem “nenhum dos poderosos deste
século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória”.
Durante o estudo do livro de Atos que estamos fazendo, por diversas vezes nós já apelamos para que você amigo ouvinte, para que aceite a Jesus com Senhor da sua vida, creia que ele é o seu único e suficiente salvador, Ele morreu na cruz para pagar por todos os seus pecados.
Mas, todas as vezes que fizemos esse apelo, recorremos às cartas dos apóstolos. Porque até o presente momento onde estamos no livro de Atos, essa revelação ainda é mistério (Ef
3:3-4, Rm 16:25), ainda está oculto em Deus (Ef 3:9; Cl 1:26), e ainda prevalece a ocasião em que o reino pode ser obtido por esforço, por mérito, por perseverança.

O reino lhes será tirado. Não porque Deus rejeitará o seu povo! Mas porque Deus será rejeitado pelo seu povo! E porque eles pecaram rejeitando ao seu Deus, a Salvação veio a nós gentios, para pô-los em ciúmes! E quem diz isso é o apóstolo dos gentios que em breve aparecerá aqui em nosso estudo do livro de Atos. Ele será levantado por Cristo para pregar a nós o Evangelho da Graça de Deus.
Fique conosco! Nos próximos capítulos presenciaremos a rejeição de Israel e escolha de um novo apóstolo, para trazer a revelação de um novo evangelho, não mais o evangelho do reino, mas o evangelho da Graça de Deus.

terça-feira, 28 de maio de 2019

#28 Vender terras ou casas, era mandamento de Jesus?


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Olá irmãos amados e interessados em conhecer as verdades bíblicas.
A conduta dos primeiros convertidos em Atos de vender terras ou casas e depositar aos pés dos apóstolos o valor correspondente fazia parte do ensino de Jesus? E se fazia parte do ensino de Jesus, seria correto exortar os irmãos nos dias de hoje a ter a mesma conduta?
Em Atos no capítulo 4, onde estamos estudando, a palavra de Deus nos descreve que “Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum” (At 4:32). “Nenhum necessitado havia entre eles, porquanto os que possuíam terras ou casas, vendendo-as, traziam os valores correspondentes e depositavam aos pés dos apóstolos; então, se distribuía a qualquer um à medida que
alguém tinha necessidade” (At 4:34-35).
Ele chega a dar o exemplo de um homem chamado “José, a quem os apóstolos deram o sobrenome de Barnabé, como tivesse um campo, vendendo-o, trouxe o preço e o depositou aos pés dos apóstolos” (At 4:36-37).
Obviamente a oferta de Barnabé foi espontânea, ninguém o obrigou a fazer e, se ele conservasse o campo para si, esse campo seria seu. Mas, todos estavam fazendo isso! E todos estavam cheios do Espírito Santo! Não era o Espírito Santo que estava constrangendo eles a vender seus bens e terem tudo em comum? Jesus não havia também ordenado eles a fazer isso?
Então, o que Jesus quis dizer com: “Se queres ser perfeito, vai, vende os teus bens, dá o dinheiro aos pobres, e terás um tesouro no céu. Depois, vem e segue-me” (Mt 19:21, Lc 18:22).
E quando os apóstolos disseram: “nós tudo deixamos e te seguimos; que será, pois, de nós? Jesus respondeu: vós vos assentareis em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe [ou mulher], ou filhos, ou campos, por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais e herdará a vida eterna”. (Mt 19:27-29)
Em nosso estudo de numero 15 já afirmamos que os discípulos estavam vendendo tudo o que tinham e tendo tudo em comum por orientação do Espírito, e que o Senhor Jesus já havia lhes alertado dessa necessidade.
No estudo de hoje pretendemos mostrar “por quê” isso era uma ordenança para eles que
aguardavam a vinda do reino naqueles dias, e, “por quê” essa não é uma ordenança do Senhor para nós nos dias de hoje.
O Senhor Jesus lhes ensinou a desapegar-se totalmente das coisas desse mundo: “Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra, não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Buscai, em primeiro lugar, o reino de Deus e a sua justiça” (Mt 6:12-34). “Vendei os vossos bens e ajudai os que não têm recursos; fazei para vós outros bolsos que não se gastem com o passar do tempo, tesouro acumulado nos céus que jamais se acaba” (Lc 12:33). "Não possuais ouro, nem prata, nem cobre, em vossos cintos, nem alforjes” (Mt 10:9).
“Emprestai, sem esperar nenhuma paga” (Lc 6:35), “Dá a quem te pede e não voltes as costas ao que deseja que lhe emprestes” (Mt 5:42). Jesus disse: “Segue-me! ... Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos... vai e prega o reino de Deus... E ao que diz: Deixa-me primeiro despedir-me dos de casa...  Jesus disse: Ninguém que, tendo posto a mão no arado, olha para trás é apto para o reino de Deus.
E por que lhes foi ensinado isso?
O Senhor Jesus lhes ensinou que, antes da sua vinda para estabelecer o reino, eles passariam por um período de grande tribulação (Mt 24:21, Mc 13:19), os 7 anos de grande tribulação do qual falou o profeta Daniel, tribulação como nunca houve desde o princípio do mundo e nem haverá jamais. E a ordem é: quando virdes o abominável da desolação, fujam! Ninguém volte atrás para buscar sua capa! Ninguém volte para casa para tirar de lá coisa alguma! Quem tiver bens, deixe-os! (Mt 24:15-18)  E é por isso que, para estarem aptos para o reino de Deus, eles precisavam estar desapegados das coisas materiais.
Jesus os instruiu a não ficarem sobrecarregados com preocupações desse mundo, para que aquele dia não os pegue repentinamente, como um laço (Lc 21:24).
Também ensinou que o reino dos céus é semelhante a um tesouro oculto no campo, o qual certo homem, tendo-o achado, escondeu. E, transbordante de alegria, vai, vende tudo o que tem e compra aquele campo. O reino dos céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e, tendo achado uma pérola de grande valor, vende tudo o que possui e a compra (Mt 13: 44-46).
Esses homens e mulheres aqui de Atos no capítulo 4 acharam esse grande tesouro, o reino de Deus que estava por ser estabelecido em breve. E sabiam que valor nenhum tinha nada do que possuíam.
Por isso, vendendo tudo, tinham tudo em comum, para suportarem juntos o período de grande tribulação ao qual iriam enfrentar. E depois de terem vencido tudo, receberem por recompensa o reino.
No próximo estudo, o de numero 29, falaremos mais sobre isso.
Por que nem o reino e nem a grande tribulação esperada não veio? Por que a nós é dito: “Pela graça sois salvos mediante a fé, e isso não vem de vós, é dom de Deus” e para eles foi dito: “o reino dos céus é tomado por esforço, e os que se esforçam se apoderam dele”. Por que a nós é dito: “o homem é justificado pela fé, independentemente das obras da lei”, e para eles foi dito: “se a vossa justiça não exceder em muito a dos escribas e fariseus, jamais entrareis no reino dos céus” (Mt 5:20). Por que a nós nos é dito: “Se com a tua boca confessares a Jesus como Senhor e em teu coração creres que Jesus ressuscitou dentre os mortos, serás salvo”, e a eles foi dito: “Ainda uma coisa te falta: a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me”.
Não perca o estudo de número 29.